"No dia em que a flor de lótus desabrochou
A minha mente vagava, e eu não a percebi.
Minha cesta estava vazia e a flor ficou esquecida.
Somente agora e novamente, uma tristeza caiu sobre mim.
Acordei do meu sonho sentindo o doce rastro
De um perfume no vento sul.
Essa vaga doçura fez o meu coração doer de saudade.
Pareceu-me ser o sopro ardente no verão, procurando completar-se.
Eu não sabia então que a flor estava tão perto de mim
Que ela era minha, e que essa perfeita doçura
Tinha desabrochado no fundo do meu coração. "

Rabindranath Tagore








domingo, 11 de maio de 2014






Hoje foi mais um dia daqueles. Silenciosos. Observei cada canto desta casa, agora vazia, porque a exatamente 15 dias você fostes embora. Fiz tudo o que podia, coisas que eu achava que nem sabia fazer. Li livros, assisti a vários filmes, brinquei com os gatos, pintei o cabelo e as unhas de preto. Acho que estou de luto... pelo meu coração. Alguns filmes me lembraram você e por isso, chorei. Reli aquelas cartas; sabe aquelas cartas que me enviou quando completamos nosso primeiro ano de amor? Pois é, elas mesmas. Tempos bons foram aqueles, não é? Não me lembro quando foi a última vez que ri. Aliás, lembro sim. Foi no sábado... retrasado. O dia em que aquela maldita enxaqueca começou. Na quinta já não aguentava mais e resolvi procurar um médico. Sinceramente, acho que ele se assustou. Me diagnosticou como doente de amor crônico. E foi aí que eu percebi: não tem cura. 

Kelly Gomes (flor)




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